Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 1, 57-66
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo
Lucas.
- Glória a vós, Senhor!
- 57Completou-se o tempo da
gravidez de Isabel, e ela deu à luz um filho. 58Os vizinhos e parentes ouviram
dizer como o Senhor tinha sido misericordioso para com Isabel, e alegraram-se
com ela. 59No oitavo dia foram circuncidar o menino, e queriam dar-lhe o nome
de seu pai, Zacarias. 60A mãe porém disse: “Não! Ele vai chamar-se João”. 61Os
outros disseram: “Não existe nenhum parente teu com esse nome!” 62Então fizeram
sinais ao pai, perguntando como ele queria que o menino se chamasse. 63Zacarias
pediu uma tabuinha, e escreveu: “João é o seu nome”. 64No mesmo instante, a
boca de Zacarias se abriu, sua língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus.
65Todos os vizinhos ficaram com medo, e a notícia espalhou-se por toda a região
montanhosa da Judeia. 66E todos os que ouviam a notícia, ficavam pensando:
“Quem virá a ser este menino?” De fato, a mão do Senhor estava com ele.
- Palavra da salvação.
- Glória a vós, Senhor!
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
O nascimento de João Batista
foi cercado de prodígios. Pais idosos, mãe estéril. O acontecimento fugia às
possibilidades humanas. Natural que todos ficassem intrigados a respeito de seu
futuro, de sua missão neste mundo.
Ora, a mesma expectativa
envolvida por respeitosa veneração deveríamos alimentar em relação a cada filho
que Deus nos entrega. Cada vida nova corresponde a uma vocação única e pessoal.
Cada criança abortada deixa na humanidade uma lacuna que nada e ninguém pode
preencher. E se a pessoa a quem Deus encarregaria da cura do câncer foi
abortada, impedida de nascer?...
Quando os pais se debruçam
sobre o pequeno berço, onde ressona o bebê recém-nascido, estão diante de um
grande mistério que ultrapassa nossa capacidade de compreensão: o grande
milagre repetiu-se mais uma vez. Deus chamou mais um ser humano à existência.
Deveriam, pois, interrogar-se: Qual será a sua missão?
A compreensão – ainda que
parcial – deste sublime mistério muda por inteiro nossa atitude diante da vida
humana. Jamais usaremos embriões como matéria-prima de pesquisa depois de
compreender que aquele ser-em-processo é portador de tarefas intransferíveis,
essenciais para o futuro do gênero humano. Jamais aprovaremos o aborto como um
“direito” da mulher grávida. Amada, querida, sonhada por Deus, a nova pessoa
traz em si algo de sagrado, que a torna intocável em seus direitos e nos impede
de usá-la, comprá-la, escravizá-la.
A alternativa é a “síndrome de
Herodes” – aquele louco que pretendia matar o Menino Jesus e, para tal fim, não
hesitou em assassinar centenas de recém-nascidos. Esta doença ainda se espalha
em nossa sociedade, chegando até a ser adotada por governantes como tática de
controle demográfico.
O cristão que não luta pela
vida dá seu aval ao ódio do Rei Herodes. Torna-se cúmplice dos inimigos de
Deus. Contribui para que a humanidade fique mais pobre e desamparada.
Ao contrário, são
colaboradores de Deus aqueles que cuidam da infância desvalida, os que se
dedicam à educação da juventude, os que pesquisam para curar as doenças e
produzir mais alimentos. Todo o trabalho humano, lembrava o Papa João Paulo II.
É uma participação na obra da Criação.
Nosso Deus é um Deus da vida. Jamais ficará
neutro diante dos servidores da morte.
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