Evangelho de Jesus Cristo,
segundo Marcos: Mc 16,15-18
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de
Jesus Cristo † segundo Marcos
- Glória a vós, Senhor!
- Naquele tempo, Jesus se
manifestou aos onze discípulos, 15e disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai
o Evangelho a toda criatura! 16Quem crer e for batizado será salvo. Quem não
crer será condenado. 17Os sinais que acompanharão aqueles que crerem serão
estes: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; 18se pegarem em
serpentes ou beberem algum veneno mortal não lhes fará mal algum; quando
impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados”.
- Palavra da salvação.
- Glória a vós, Senhor!
COMENTÁRIO;
Por todo o mundo! (Mc 16,
15-18)
O campo do Evangelho é a terra
inteira! Ninguém está excluído do anúncio da salvação. Afinal, “Deus quer que
todos os homens se salvem” (cf. 1Tm 2, 4). E o próprio Jesus garantiu: “Quando
eu for erguido, atrairei todos os homens a mim!” (Jo 12, 32.) Nos últimos
tempos, cresceu uma deriva teológica que nega este aspecto universal ou
“católico” da missão da Igreja. Chegam a chamar de “genocídio cultural” o
trabalho de evangelização realizado junto aos povos não-cristãos.
Em sua brilhante Carta
Encíclica “Redemptoris Missio” [A Missão do Redentor], o saudoso Papa João
Paulo II escreveu: “As várias formas do mandato missionário contêm pontos em
comum, mas também acentos próprios de cada evangelista; dois elementos, de fato,
encontram-se em todas as versões. Antes de mais, a dimensão universal da tarefa
conferida aos Apóstolos: ‘todas as nações’ (Mt 28, 19); ‘pelo mundo inteiro, a
toda criatura’ (Mc 16, 15); ‘todos os povos’ (Lc 24, 47); ‘até os confins do
mundo’ (At 1, 8). Em segundo lugar, a garantia, dada pelo Senhor, de que, nesta
tarefa, não ficarão sozinhos, mas receberão a força e os meios para desenvolver
a sua missão...” (RMi, 23.)
Mais adiante, o Papa
observava: “O Senhor Jesus enviou os seus Apóstolos a todas as pessoas, a todos
os povos e a todos os lugares da terra. Nos Apóstolos, a Igreja recebeu uma
missão universal, sem limites, referindo-se à salvação em toda a sua
integridade, segundo a plenitude de vida que Cristo veio trazer (cf. Jo 10,
10): ela foi ‘enviada para manifestar e comunicar a caridade de Deus e todos os
homens e povos’”. (RMi, 31.)
Se o anúncio do Evangelho de
Jesus incomodar a sociedade indiana, onde as castas sociais fazem os homens
desiguais, ou causar problemas para o governo chinês, devido à sua política
demográfica de impor aos casais um único filho, não é o Evangelho que está
errado. E o apelo evangélico a reformar estruturas sociais e econômicas
injustas e desumanas não merece o rótulo de genocídio cultural, mas consiste,
antes, em devolver ao homem sua dignidade perdida.
Foi este o trabalho de Paulo,
apóstolo das nações. Oportunamente, ou não, levou a mensagem de Jesus Cristo a
todos os quadrantes. Este é o exemplo a ser imitado. O mais é traição!
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