Evangelho de Jesus Cristo,
segundo Lucas: Lc 21, 5-11
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de
Jesus Cristo † segundo Lucas.
- Glória a vós, Senhor!
- Naquele tempo, 5algumas pessoas
comentavam a respeito do Templo que era enfeitado com belas pedras e com
ofertas votivas. Jesus disse: 6“Vós admirais estas coisas? Dias virão em que
não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído”. 7Mas eles perguntaram:
“Mestre, quando acontecerá isto? E qual vai ser o sinal de que estas coisas
estão para acontecer?” 8Jesus respondeu: “Cuidado para não serdes enganados,
porque muitos virão em meu nome, dizendo: ‘Sou eu!’ E ainda: ‘O tempo está
próximo’. Não sigais essa gente! 9Quando ouvirdes falar de guerras e
revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam
primeiro, mas não será logo o fim”. 10E Jesus continuou: “Um povo se levantará
contra outro povo, um país atacará outro país. 11Haverá grandes terremotos,
fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais
serão vistos no céu”.
- Palavra da salvação.
- Glória a vós, Senhor!
COMENTÁRIO DO EVANGELHO:
Este Evangelho mostra mais uma
vez a atenção de Jesus para com seu rebanho. Ele diz: “Cuidado!” O original
grego traz o verbo “blépete”, ou seja, abram bem os olhos! O Mestre tem em
mente a facilidade com que as pessoas e comunidades podem ser vítimas de espertalhões
e líderes mal intencionados que exploram a credulidade do povo.
Ora, é diante de nossos olhos
que desfila na televisão uma legião de falsos profetas que se apoiam no nome de
Jesus Cristo, prometendo curas com hora marcada, sucesso financeiro e uma vida
sem sofrimentos.
Mesmo em comunidades católicas
têm ocorrido casos recentes de abuso de poder, motivando a intervenção da Santa
Sé e o afastamento dos dirigentes.
O discurso sobre o fim do
mundo revela a fragilidade das realidades humanas. Nem mesmo o Templo,
construído para ser a habitação de Deus no meio do povo, estaria à salvo da
destruição.
A constatação de Jesus a
respeito da destruição do Templo expressa o destino das realidades humanas:
"Não ficará pedra sobre pedra". O fim de tudo é a sua ruína.
Experiência dolorosa, que será acompanhada de tentativas de engano: muitos se
apresentarão como messias, anunciando a chegada de fim. Guerras e revoluções,
terremotos e epidemias, prodígios e sinais no céu revelarão, também, essa
chegada. Mas, ao contrário do que diziam os falsos profetas, Jesus afirma que
"não será ainda o fim".
O Mestre assegura isso, com a
linguagem apocalíptica da época. Não lhe interessa, porém, inculcar em seus
ouvintes os sentimentos dos quais esta linguagem estava carregada. Ele quer
tão-somente conscientizar a comunidade acerca da importância de dedicar-se às
coisas impossíveis de serem destruídas: a fé e o amor. Quando tudo tiver
chegado ao fim, apenas estas duas realidades subsistirão. Só elas podem
oferecer segurança e levar o discípulo a superar o medo terrificante que o
confronto com a escatologia provoca. A beleza sólida da fé e do amor
permanecerão, mesmo quando tudo o mais se tiver reduzido a escombros. Isto
porque são obras de Deus.
Deus perdoe nossos pecados.
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