Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 21,29-33
- O Senhor esteja convosco.
- Ele está no meio de nós.
- Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
- Glória a vós, Senhor!
- Naquele tempo, 29Jesus
contou-lhes uma parábola: “Olhai a figueira e todas as árvores. 30Quando vedes
que elas estão dando brotos, logo sabeis que o verão está perto. 31Vós também,
quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Reino de Deus está
perto. 32Em verdade, eu vos digo: tudo isso vai acontecer antes que passe esta
geração. 33O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.
- Palavra da salvação.
- Glória a vós, Senhor!
COMENTÁRIO DO EVANGELHO:
As pessoas vivem como escravos da matéria, sacrificando penosamente os
dias de sua vida em troca de “coisas que passam”. Aliás, – como afirma Jesus –
“passarão o céu e a terra”, então todas as coisas são efêmeras, não duram para
sempre. Aqui se revela toda a fragilidade deste mundo. Aqui a traça corrói
diplomas de mérito e a ferrugem devora tesouros cumulados. Aqui as torres edificadas pela soberba humana caem
por terra em alguns minutos.
Ao contrário, a mensagem de
amor que Cristo traz ao mundo tem valor de eternidade. Seus princípios são
eternos como o próprio Deus, sua fonte. Quando a matéria se reduzir a pó, as
palavras que Jesus nos falou continuarão tão vivas quanto no momento em que
foram pronunciadas.
A geração do tempo de Jesus
viu o fim de um “mundo”. Quando as legiões romanas incendiaram Jerusalém,
passando a população a fio de espada, teve seu fim o “mundo” do antigo Israel.
Demolido o Templo, silenciados os hinos de louvor, interrompidos para sempre os
sacrifícios de animais, a ruína de Jerusalém era definitiva. Hoje, na esplanada
do Templo, apenas se vê o Muro das Lamentações, menos que uma sombra do antigo fausto.
A um judeu daquele tempo, era
impensável que tudo acabasse desse modo. Também para nós, a civilização que
perfura túneis nas cordilheiras e envia astronautas pelo espaço sideral, domina
o átomo e clona os animais, pode parecer impensável que toda esta construção
humana tenha um fim.
Mas há indícios que erguem um
alerta para nossa civilização. As profundas alterações climáticas – em boa
parte causadas pela interação do homem no ambiente – sinalizam com furacões e tsunamis,
rios secos ou contaminados, buraco na camada de ozônio e degelo das calotas
polares, ao lado de novas epidemias que parecem incontroláveis.
Jesus de Nazaré apela para
nossa prudência. Se somos capazes de reconhecer a aproximação do verão, quando
a figueira começa a soltar seus brotos, por que não perceberíamos também o
momento de modificar nosso estilo de vida e buscar as coisas que não passarão?
Deus perdoe nossos pecados.
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