INTEGRANTE DO TERÇO DOS HOMENS MÃE RAINHA DA PMJP, REALIZA PESQUISA E DESCOBRE A VERDADEIRA HISTÓRIA DO SANTO ROSÁRIO.

Por José Francisco de M. Borges

Os primeiros cristãos adotaram a prece judaica, conhecida como Saltério de Davi, composta de 150 salmos, recitados em latim.  Por volta do século IX, monges irlandeses substituíram os salmos por 150 Pais-Nossos, utilizando como referência um cordão, marcado por 150 nós.  Ainda não era conhecida a Ave-Maria como oração, somente no século XI, começa a ser rezada no saltério. Passando a existir o “Saltério das 150 Ave-Marias”. Concomitantemente surgiu o “Saltério dos 150 enunciados de fé sobre Nosso Senhor Jesus Cristo”, conjunto de textos da Bíblia, referentes a momentos da vida de Cristo. Surgiu também o “Saltério dos 150 louvores de Nossa Senhora”, uma meditação sobre a vida da Santíssima Virgem. No século XIII existiam quatro “Saltérios” de uso popular:

• O dos 150 Pais-Nossos;

• O das 150 Ave-Marias;

• O da “Vida de Nosso Senhor”; e

• O da “Vida de Nossa Senhora”;

Nosso Rosário é resultante dos quatro “Saltérios” citados.

No século XIV Henrique de Calkar dividiu o saltério das Ave-Marias em 15 dezenas, intercalando entre as dezenas o Pai-Nosso. Nesse tempo cresceu a instituição do Rosário através da obra de São Domingos, divulgado por Alano de La Roche, através da criação das "Confrarias do Rosário". No Século XVIII, foi acrescentada a segunda parte da Ave-Maria, "Santa Maria, Mãe de Deus" e posteriormente o "Gloria ao Pai" veio encerrar cada dezena.

Num tempo mais recente foi inserida a cruz, na qual se recita o “Creio em Deus Pai”. Entre a cruz e o primeiro mistério existe uma conta separada e, três contas juntas, que o livro intitulado Terços de um povo de Fé, da Editora Canção Nova, define como uma "espécie de Rosário para pessoas apressadas, cada conta representando um terço inteiro."

Nota: Excertos de textos parafraseados e sintetizados por José Francisco de M. Borges. Consultados nos sites da Paróquia de Santo Agostinho, RJ; catholic.net; e da brochura intitulada “Terços de um povo de fé”, da Editora Canção Nova.